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Consumo de Drogas
A UNODC estima hoje que 200 milhões de pessoas consumam algum tipo de substância psicopática ilícita. Isso representa quase 5% da população mundial acima dos quinze anos de idade. A maconha é a droga mais consumida (160 milhões), seguida pelos anfetamínicos (anfetaminas, metafetaminas e ecstasy) (34 milhões), pelos derivados do ópio (15 milhões) e pela cocaína (14 milhões). Houve um aumento discreto do consumo anual de drogas ilícitas: de 4,4% (2002) para 4,7% da população mundial, provavelmente devido ao aumento do consumo de maconha. O relatório da UNODC utilizou a demanda por tratamento como uma forma de caracterizar as substâncias de maior impacto para a saúde pública das nações. Além da demanda por tratamento, a mortalidade e a criminalidade associadas a substância também compõem a caracterização do impacto da mesma. O relatório mostrou que os opiáceos as substâncias que mais causam danos à população mundial. Ela é responsável pela imensa maioria das demandas por tratamento na Ásia (70%), Europa (64%) e Oceânia (62%). Nos Estados Unidos, mais de um quarto (28%) da demanda por tratamento está relacionado ao consumo de opiáceos. Na América, a cocaína é a substância problema: responde por 40% dos atendimentos norte-americanos e 58% dos sul-americanos. No continente africano, a maconha domina a procura por tratamento especializado (61%). De maneira geral a maioria dos países incluídos no relatório da UNODC relatou aumento do consumo de drogas entre seus habitantes, principalmente a maconha e anfetamínicos. Em quase metade destes houve aumento do consumo de cocaína e em um terço destes, de ecstasy. Derivados do ópio Os derivados do ópio continuam sendo as drogas ilegais associadas aos mais sérios problemas de saúde pública mundial. É a droga ilícita que mais demanda tratamento no planeta, sendo a substância mais consumida pela maior parte dos países asiáticos. A maioria dos países, informa à UNODC um aumento do consumo de opiáceos entre seus habitantes, em especial de heroína. Por outro lado, relatos de aumentos desenfreados de consumo têm se tornado escassos, enquanto relatos de quedas pronunciadas nos índices de consumo vêm subindo. No geral, a UNODC acredita que a epidemia de heroína vem perdendo fôlego, o que pôde ser observado a partir do discreto aumento da produção em 2002, precedido por anos consecutivos de queda. Entre os países sul-americanos, no entanto, a tendência tem sido de aumento do consumo, mais os índices de consumo e a produção local (Colômbia) permanecem insignificantes.
Cocaína A cocaína é a segunda droga mais associada a problemas de saúde pública no mundo. É preponderantemente consumida na América, onde responde por mais da metade dos atendimentos especializados para dependência química e está ao menos entre as três substâncias ilícitas mais consumidas em todos os países. Seu consumo vem aumentando também na Europa, em especial nos países ocidentais. Mundialmente, os Estados Unidos são a nação que mais consume a substância. Pouco mais de metade dos países que integram o relatório da UNODC referiram aumento do consumo de cocaína no último ano. Apesar de significativo, o número é menor em relação a outros anos. No geral, observou-se estabilidade entre os países da América do Norte e algum aumento na América do Sul. Deve-se considerar, porém, o aumento relevante do consumo de crack e pasta de coca (bazuco) entre os países deste continente.
Maconha A maconha é a droga ilícita mais consumida no mundo. Apesar disso, a procura por tratamento é menor que a encontrada entre os usuários de cocaína e opiáceos. No entanto, a procura por tratamento vem aumentando a cada ano. Isso pode ser decorrente do aumento do consumo nos últimos anos e do aparecimento de apresentações mais potentes. As prevalências disponíveis apontam a Oceânia como o continente que mais consome a maconha. A África, América e Europa vêm em seguida, com índices ao redor de 6%. A maconha é a droga ilícita de escolha na esmagadora maioria dos países e figura entre as três mais consumidas em todos eles. Apesar disso, houve uma tendência à redução do consumo em 2001, ainda que a maior parte dos países relatasse à UNODC um aumento menos acelerado, em relação ao ano 2000.
Anfetaminas, metanfetaminas e derivados Cerca de 0,2% da população mundial consome ecstasy. Entre os derivados anfetamínicos de venda ilegal, esta é a única substância que encontra repercussão no meio brasileiro, e por isso será enfatizado nessa sessão. Os maiores consumidores da droga são a América do Norte (50%) e a Europa Ocidental (40%). Na última década houve um grande aumento do consumo de ecstasy, especialmente entre os jovens. Os derivados anfetamínicos são a droga de escolha no Japão, Coreia e Tailândia. No entanto, figura entre as três mais consumidas em todo o sudoeste da Ásia e Oceânia, além da maioria dos países do leste europeu, da Europa Central e da Escandinávia. Entre as substâncias ilícitas, os derivados anfetamínicos são a única classe cujo consumo apresenta movimento global de ascensão (apesar de mais lento que em anos anteriores).
Motivos que levam as pessoas a consumirem Drogas:
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